terça-feira, 15 de dezembro de 2009

DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA

Desmatamento da Floresta Amazônica

A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988, desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas, pode inclusive alterar o clima da Terra.

Incêndio na floresta - Queimada para desmatamento Corte da madeira. Desmatamento da Amazônia.

AMAZÔNIA À VENDA???!!!


Amazônia à venda?

Compra de terras na região gera polêmica. Saiba o que é ou não ilegal

Publicado em 20/04/2006 - 00:01


A recente compra de uma vasta região na Amazônia por um empresário sueco levantou questões recorrentes na pauta dos brasileiros: estamos preparados para proteger a nossa floresta? O que impede que outros empresários estrangeiros "tomem posse" de cada vez mais áreas verdes de nosso país? Embora o alarde do "colonialismo verde", ou seja, a aquisição de territórios da Amazônia para proteção da região, tenha sido lançado na grande imprensa como tendência para os próximos anos, especialistas afirmam que isto está longe de ser uma realidade.

Segundo pesquisadores, membros de entidades não-governamentais - como o Greenpeace - e responsáveis por órgãos e institutos públicos de proteção ao meio ambiente, a iniciativa tomada por Johan Eliasch não é uma novidade. Anteriormente, outros estrangeiros já compraram porções de terra da Amazônia, cuja porcentagem correspondia à parte privada, e não à de reserva protegida da mata. Explorar a região, porém, não é algo simples, uma vez que muitas questões esbarram na Constituição brasileira.

LENDAS AMAZÔNICAS - O BOTO


Quem viaja pelo interior de qualquer estado da Amazônia já ouviu falar da lenda de um belo rapaz desconhecido, de roupas brancas, sapatos brancos e o característico chapéu branco que busca encobrir parte do rosto e o buraco que traz no alto da cabeça: é o boto!

Nas festas ou à beira de trapiches, sempre haverá, segundo a crendice popular, um boto a espreitar alguma moça ingênua e, de preferência, virgem ou menstruada. Alguns descrevem até o andar da visagem: dizem que é meio desajeitado e que muitas vezes locomove-se com certa dificuldade pelo pouco hábito em terra firme. Outros já o descrevem como alguém muito alinhado, porém calado demais para os costumes da região. Por isso, logo se desconfia de que é algo sinistro.

No entanto, para as moças novas que porventura estejam a olhar alguma festa de interior, nada de estranho o boto lhe parece. Muito pelo contrário! A paixão é à primeira vista! Quando se dão conta já foram conquistadas.

Contam os caboclos que depois que o Boto consegue o que quer, ou seja, conquistar a moça escolhida, sai na carreira e se joga no primeiro braço de rio ou igarapé. Nessa hora é que todos se dão conta de que não era um rapaz qualquer, mas o boto!

LENDAS AMAZÔNICAS - COBRA GRANDE


A lenda da cobra Honorato ou Norato é uma das mais conhecidas sobre cobra grande (ou boiúna) na região amazônica. Conta-se que uma índia engravidou da Boiúna e teve duas crianças: uma menina que se chamou de Maria e um menino chamado de Honorato. Para que ninguém soubesse da gravidez, a mãe tentou matar os recém-nascidos jogando-os no rio. Mas eles não morreram e nas águas foram se criando como cobras.
Porém, desde a infância os dois irmãos já demonstravam a grande diferença de comportamento entre eles. Maria era má, fazia de tudo para prejudicar os pescadores e ribeirinhos. Afundava barcos e fazia com que seus tripulantes morressem afogados. Enquanto seu irmão, Honorato, era meigo e bondoso. Quando sabia que Maria ir atacar algum barco, tentava salvar a tripulação. Isso só fazia com que ela o odiasse mais ainda. Até que um dia os irmãos travaram uma briga decisiva onde Maria morreu tendo antes cegado o irmão.
Assim, as águas da Amazônia e seus habitantes ficaram livres da maldade de Maria. E Honorato seguiu seu caminho solitário. Sem ter quem combater, Honorato entendeu que seu fado já havia sido cumprido até demais e resolveu pedir para ser transformado em humano novamente. Para isso, precisava que alguém tivesse a coragem de derramar "leite de peito" (leite de alguma parturiente) em sua enorme boca em uma noite de luar. Depois de jogar o leite a pessoa teria que provocar um sangramento na enorme cabeça de Honorato para que a transformação tivesse fim.
Foram muitas as tentativas, mas ninguém conseguia ter tanta coragem. Até que um soldado de Cametá, município do interior do Pará, conseguiu reunir coragem para fazer a simpatia. Foi ele quem deu a Honorato a oportunidade de se ver livre para sempre daquela cruel maldição de viver sozinho como cobra. Em agradecimento, Honorato virou soldado também.

Mas a lenda da cobra grande originou várias outras histórias. Uma delas, do estado de Roraima, tem como cenário o famoso rio Branco. Conta-se que a cunhã poranga (índia mais bela da tribo) apaixonou-se pelo rio Branco e, por isso, Muiraquitã ficou com ciúme. Para se vingar, Muiraquitã transformou a bela índia na imensa cobra que todos passaram a chamar de Boiúna. Como ela era tinha um bom coração, passou a ter a função de proteger as águas de seu amado rio Branco.
Existem ainda algumas crenças que buscam explicar a existência de cobras grandes na região Amazônica. Acredita-se, por exemplo, que quando uma mulher engravida de uma visagem a criança fruto desse terrível cruzamento está predestinada a ser uma cobra grande. Essa crença é bastante comum entre as populações que habitam as margens dos rios Solimões e Negro, no Amazonas. Há ainda quem acredite que a cobra grande pode nascer de um ovo de mutum. Existe ainda outra versão, mais comum no estado do Acre, sobre uma cobra grande que parece ser a versão feminina do boto. Segundo essa lenda, a cobra grande se transforma numa bela morena nas noites de luar do mês de junho para seduzir os homens durante os arraiais de festas juninas.
Há ainda os que contam que a cobra grande pode algumas vezes parecer um navio para assustar os ribeirinhos. Refletindo o luar, suas enormes escamas parecem lâmpadas de um navio todo iluminado. Mas quando o "navio" chega mais perto é possível ver que na verdade é uma cobra grande querendo dar o bote.
Em Belém, há uma velha crença de que existe uma cobra grande adormecida embaixo de parte da cidade, sendo que sua cabeça estaria sob o altar-mor da Basílica de Nazaré e o final da cauda debaixo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Outros já dizem que a tal cobra grande está com a cabeça debaixo da Igreja da Sé, a Catedral Metropolitana de Belém, e sua cauda debaixo da Basílica de Nazaré.
Os mais antigos dizem que se algum dia a cobra acordar ou mesmo tentar se mexer, a cidade toda poderá desabar. Por isso, em 1970 quando houve um tremor de terra na capital paraense falava-se que era a tal cobra que havia apenas se mexido. Os mais folclóricos iam mais longe: "imagine se ela se acorda e tenta sair de lá!".
O folclorista Walcyr Monteiro conta, após décadas de estudo sobre manifestações folclóricas da Amazônia, que em Barcarena (PA) existe o lugar conhecido como "Buraco da Cobra Grande", considerado atração turística do local.

PRATOS TÍPICOS DA CULINARIA PARAENSE


Culinária do Pará

A culinária do Pará tem forte influência indígena. Possui pratos típicos como: Pato no Tucupi, o Tacacá, a Maniçoba, entre outras delícias como o açaí.

A cozinha paraense é considerada como a mais genuína cozinha brasileira por não possuir influências européias ou africanas. Os elementos encontrados na região formam a base de seus pratos. Os pratos típicos utilizam produtos naturais, colhidos das fontes mais puras encontradas na flora e na fauna amazônicas, sem similar em outro lugar do mundo, sendo essa, uma forte herança deixada pelos índios da região.

Com mais de uma centena de espécies comestíveis, as frutas regionais podem ser encontradas no Mercado Ver-o-Peso, feiras livres, mercados e supermercados da cidade de Belém; elas são responsáveis diretas pelo indefinível, requintado e, muitas vezes, exótico sabor das deliciosas sobremesas que enriquecem a mesa paraense. Destacam-se: açaí, bacaba, cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri, pupunha, tucumã, muruci, piquiá e taperebá.


conheça algumas iguarias paraenses:

Maniçoba - É um dos pratos típicos da cozinha regional que melhor retrata a maneira indígena no preparo de sua comida. A maniçoba é feita de maniva, que são as folhas da mandioca, moídas e cozidas por aproximadamente sete dias. É servida com arroz branco cozido. Seria a "feijoada" paraense, que servida com a farinha grossa de mandioca fica ainda mais apetitosa.

Tacacá - É uma comida regional muito diferente, preparada com o tucupi (caldo da mandioca, previamente fervido com alho e chicória), goma (mingau feito com uma massa fina e branca, resultado da lavagem da mandioca ralada) e jambu (planta considerada afrodisíaca).

O tacacá é servido em cuias, acompanhado ou não com molho de pimenta-de-cheiro, e é encontrado geralmente nas esquinas de Belém, em barracas das famosas "tacacazeiras". É um prato originário dos índios.

Mujica é um prato de espécie cremoso ( como strogonof ) que pode ser feita de farinha de peixe conhecida como piracuí, massa de siri ou caranguejo.

Pato no Tucupi

O pato no tucupi é preparado com tucupi( caldo retirado da mandioca) e jambu (erva amazônica).

POPULAÇÃO DA AMAZÔNIA


População

Não se pode confirmar exatamente desde quando a Amazônia é habitada, mas sabe-se que desde antes da chegada dos europeus, no século XVI, os índios já viviam na região. Desses mais de 500 anos de história, a formação populacional da Amazônia, assim como a brasileira, preserva ainda hoje características da grande miscigenação entre as diversas raças. Herança da colonização européia, o brasileiro, e o povo amazônico, em particular, apresentam traços do índio, o branco e o negro, como nenhum outro no mundo. Ribeirinhos, índios, seringueiros, garimpeiros, pescadores, operários, executivos. Com cerca de 20 milhões de pessoas vivendo nos nove estados da Amazônia Legal, a densidade demográfica é de cerca de 3,4 habitantes por Km2, com 62% da população vivendo nos centros urbanos. Manaus, considerada a maior cidade da Amazônia, de acordo com o Censo 2000, possui população de mais de 1,4 milhão de pessoas.

RELEVO AMAZÔNICO


Relevo da Amazônia

O relevo amazônico, ao contrário do que se pensa, possui três diferentes formas definidas, indo de altas altitudes a planícies. Divide-se em três principais formas:

Depressão-Caracteriza-se por ser uma superfície com altitude de 100 a 300 m de leve inclinação,formada por prolongados processos erosivos.

Planalto-É a superfície irregular com altitude acima de 300 m .É produto de processos erosivos sobre as rochas cristalinas,também conhecidas como metamórficas ou sedimentares.São conhecidos como morros,serras e chapadas.

Planície-É a superfície mais plana com até 100 m de altitude.
Formada pelo acúmulo sedimentar recente movimentado pelas águas do mar, rios e de lagos.

Classificação atual de Jurandyr Ross-

Classifica-se em ordem crescente de altitude.

Planície do Rio Amazonas- Abrange uma estreita faixa de terras planas que acompanha os Rios Amazonas,Solimões ,Purus ,Juruá ,Javari e Madeira com altitude inferior a 100 m.

Depressão da Amazônia Ocidental - Abrange a maior parte da região com altitudes de 100 à 200m.

Depressão Marginal Norte Amazônica - Apresentam altitudes de 200 a 300m.

Depressão Marginal Sul Amazônica - Também apresenta altitudes com variação de 200 a 300 m.

Planalto da Amazônia Oriental - É a superfície com altitude de 400 a 500 metros, recoberta por mata densa, compreende terras que vão de Manaus até o Oceano Atlântico.

Planaltos residuais Norte Amazônicos - São as superfícies de maior altitude da região, variando entre 800 a 1200m. O Pico da Neblina e o Pico 31 de marco são os pontos culminantes do relevo brasileiro, ambos na Serra do Imerí, fronteira do Amazonas e Venezuela.